Situação CrÃtica
O novo berço de Clara não pode ser balançado e a tarefa de fazê-la dormir à noite voltou a ser exclusivamente de Silvia, que demorava de 30 a 60 minutos para consegui-lo quando nossa filha estava saudável, o que já era cansativo – se estivesse doente, levava até quatro horas, era exaustivo e à s vezes desesperava Silvia. Clara passou a ter doenças respiratórias sucessivas após começar a ir a um berçário, em março pegou uma gripe que se tornou uma bronquiolite e Silvia dormiu mal várias noites. Por outro lado, sua filha maior tem um comportamento bem complicado, que gera situações difÃceis e até arriscadas, o que vinha se agravando desde o inÃcio do ano.
Nesse contexto, no terceiro fim de semana de março Silvia quase teve uma estafa e, no dia seguinte, comecei a ter uma dor intermitente no peito seguida de aperto ou pressão no local. Ao longo da vida, em situações extremas à s vezes tinha sensações semelhantes, consultava um cardiologista, ele nada encontrava e concluÃa que era só stress – ainda assim, farei outra consulta, inclusive pela idade com que estou. Se for mesmo stress, o problema deve ser que Silvia ter um esgotamento é meu maior temor e vê-la no limite faz me sentir impotente e assustado.
Silvia encontrou vários modos de atenuar muito o comportamento da sua filha maior. E há dois dias, descobrimos que, à noite, posso fazer Clara adormecer no carrinho – o que leva menos de cinco minutos, mesmo se estiver doente – e depois Silvia a colocar no berço sem acordá-la. Também venho botando minhas enteadas para dormir – nesse caso, ficando no quarto delas para impedir que brinquem, briguem ou façam qualquer coisa que não pegar no sono. Assim, saÃmos da situação crÃtica.