Liga Mundial de Vôlei

Criado: Domingo, 09 Julho 2017 Escrito por Ronaldo Correia Junior

Gosto mais de vôlei masculino do que de futebol. Na Copa do Mundo de 2014, não fiz a menor questão de ir aos jogos de Recife e não seria diferente se a seleção brasileira tivesse jogado lá mas, ao saber que a última etapa da Liga Mundial de Vôlei deste ano seria em Curitiba, quis ir inclusive porque seria uma oportunidade única.

Ao ver a tabela, inicialmente planejei ver só as classificatórias do Brasil. No dia do primeiro jogo, Silvia precisou trabalhar, fui com a diarista que nos ajuda e seu filho – logo que decidimos que iria com eles, Silvia cismou que eu poderia paquerar alguém no estádio, um absurdo tão grande que só pude morrer de rir –, ao chegar na catraca do estacionamento da Arena da Baixada soubemos que só esta e eu poderíamos entrar e o menino teria de passar pela bilheteria, o que criaria uma situação bem complicada – felizmente a funcionária obteve autorização para deixa-lo entrar. Fui ao segundo com Silvia e tivemos de sair após o quarto set para buscarmos Clara no berçário – de qualquer forma, àquela altura o Brasil já estava classificado.

Então quis ir à semifinal, mas a perdi porque pensei que seria no sábado – era na sexta –, nada combinei com a diarista e Silvia teve de trabalhar. Ao saber do horário da final, 23h, feito para os europeus assistirem – que o público local se dane -, em princípio achei impraticável ir, mas Silvia insistiu que eu não poderia perder essa chance única e nos acertamos com a diarista. Quando fui comprar o ingresso, não havia mais vaga na pista e relutantemente adquiri na arquibancada, de onde a visão deveria ser ruim. Por isso e pelo frio, na hora H Silvia quis desistir, mas não concordei porque perderia o dinheiro, a ideia foi dela e tinha a esperança – que se mostrou fundamentada – que ainda houvesse lugares vagos na pista. Cheguei à Arena com a sensação de que poderia ser uma ideia de jerico, ao passar pela catraca perguntei se a arquibancada tinha lugar para pessoas com deficiência, responderam que não havia a menor condição de eu ir para lá mas, antes de começar a me arrepender, a funcionária disse que tentaria arranjar lugares para nós e conseguiu – ficamos na pista pelo preço mais barato! Só faltou o Brasil vencer! Voltei para casa feliz e emocionado porque, graças ao amor de Silvia, realizei mais um sonho que considerava impossível até há pouco.